sábado, fevereiro 25, 2006

Momentos

Entrevista ao carrasco do reino.


Recentemente chegou me este artigo, que considero no mínimo bizarro, trata-se de uma entrevista a um cidadão Saudita perfeitamente normal com mulher e filhos, apenas com um pequeno “se não”, a sua profissão. Muhammad Saad Al-Beshi, é um “carrasco” do Reino Saudita, a sua profissão é cortar as cabeças e mutilar órgãos aos criminosos, ou todos aqueles que infrinjam as leis legais ou religiosas no reino.

Deixo-vos algumas aqui algumas frases da entrevista:

- “It doesn’t matter to me: Two, four, 10 — As long as I’m doing God’s will, it doesn’t matter how many people I execute,”

- “Me? I sleep very well,” he adds.

- “No one is afraid of me. I have a lot of relatives, and many friends at the mosque, and I live a normal life like everyone else. There are no drawbacks for my social life.”

- However, he does reveal that a sword will cost something in the region of SR20,000. “It’s a gift from the government. I look after it and sharpen it once in a while, and I make sure to clean it of bloodstains.

- “It’s very sharp. People are amazed how fast it can separate the head from the body.”

- “As an experienced executioner, 42-year-old Al-Beshi is entrusted with the task of training the young. “I successfully trained my son Musaed, 22, as an executioner and he was approved and chosen,” he says proudly. Training focuses on the way to hold the sword and where to hit, and is mostly through observing the executioner at work.”

- An executioner’s life, of course, is not all killing. Sometimes it can be amputation of hands and legs. “I use a special sharp knife, not a sword,” he explains. “When I cut off a hand I cut it from the joint. If it is a leg the authorities specify where it is to be taken off, so I follow that.”

- “Al-Beshi describes himself as a family man. Married before he became an executioner, his wife did not object to his chosen profession.”

- “I deal with my family with kindness and love. They aren’t afraid when I come back from an execution. Sometimes they help me clean my sword.”

Artigo completo

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Imaginem um país onde....









Os centros comerciais são divididos por sexos.


quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Algumas fotos que encontrei na net




Algumas curiosidades


Arábia saudita

-População: 24,293,844

-Moeda: SAR, “Saudi Arabian Ryal” ( 1€ = 4,47sar)

-Hora: GMT +3

-Capital: Riyadh

-Fronteira com: Jordânia, Iraque, Kuwait, Irão, Bahrein, Qatar, Emiratos Árabes Unidos, Omã e Iémen.

-Economia: É o país do mundo com as maiores reservas de petróleo descobertas (24% do total). O sector petrolífero é responsável por 75% das receitas orçamentais.

-Restrições: Totalmente proibida a posse e uso de drogas, álcool, pornografia, armas e carne de porco. Apenas os Islâmicos podem entrar nas mesquitas e na Medina. O consumo de álcool ou de drogas resulta numa pena de cadeia de 2 anos.

- As mulheres estão sujeitas a um grande número de restrições: são obrigadas a usar roupas que cobrem todo o corpo, inclusive a cabeça, e não podem viajar sozinhas nem conduzir, nos autocarros devem sentar-se atrás e apenas podem comer em restaurantes quando acompanhadas de um familiar masculino.

-Cerca de 95% do território saudita é formado por desertos.

-Setembro é o mês do Ramadão

-O fim-de-semana é a Quinta e Sexta-feira

-Não existem vistos turísticos para entrar na Arábia Saudita (por isso esqueçam as visitas)

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Medina



As recentes obras de melhoramento da Mesquita de Medina, custaram 1.25 biliões de dolares.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Óptimo.... Agora já me sinto muito mais seguro!!!



In Correio da Manhã

"O Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP está pronto para partir para Riade, capital da Arábia Saudita, a fim de assegurar protecção aos diplomatas portugueses e restante pessoal da embaixada. A missão foi pedida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros."


Ver noticia completa.

Artigo da revista Sabado, "Estagiários de luxo", "ICEP exporta cérebros"



Um guia das Arabias... Missão impossivel??


Não existe... Depois de procurar no Corte Inglês, Fnac e livrarias especializadas, chego a conclusão que não existe em Lisboa qualquer tipo de guia da Arábia Saudita.

Encomendei na Amazon.

O Sheik Saudita

Acabei o curso!

É óptima esta sensação de liberdade e de dever cumprido. Mas e agora? Começar a trabalhar já? Estudar mais? Trabalhar em que? Onde? No meio de todas estas perguntas só tinha uma certeza: seja o que for, que seja no estrangeiro. Já tive uma experiência internacional, Erasmus nas Canárias, em Las Palmas e foi provavelmente a melhor experiência da minha vida, mas agora queria mais e acima de tudo num sitio mais longe e com uma cultura bem diferente.

Candidatei me então ao programa Inov-contacto do ICEP, mas com poucas esperanças de conseguir entrar visto haver milhares de candidatos para um numero reduzido de vagas. Mas o inesperado aconteceu, e após variadíssimas entrevistas recebi o tão desejado e-mail: “João Sanches foi apurado para participar na próxima edição do programa Inov-contacto”.
Acho que nunca me vou esquecer da manhã em que recebi esse e-mail.

E é aqui que começa a aventura composta por 2 semanas num hotel no Porto para um curso de Gestão Internacional com os 100 apurados para esta edição (50 da fileira sectorial mais 50 da fileira tecnológica), mais 2 meses de estagio numa empresa em Portugal, depois 6 meses de estagio numa empresa em qualquer pais do mundo e para terminar mais 2 meses de estagio em Portugal. Os destinos dos estágios e as respectivas empresas apenas foram revelados no último dia do curso num jantar com toda a pompa e circunstancia com direito a representantes do governo e confesso que foi horrível. Depois de criar expectativas, acumular tensões e definirmos quais os melhores e piores destinos, alguém depois de um jantar iria revelar-nos os nossos destinos, a nossa empresa… enfim o nosso futuro.

E lá estava eu depois daquele jantar em que nada comi e com os Gin-tónicos a enganar os nervos, comecei a ouvir os destinos de todos os outros colegas e amigos, alguns reagiam de uma forma eufórica, outros de uma forma mais decepcionada mas ninguém era indiferente aquele momento. E foi ai entre uma fotografia e um cigarro acabado de acender, que oiço o meu nome, levanto me e com enorme expectativa oiço o meu destino:

Embaixada de Portugal, Arábia Saudita…..

Confesso que quando ouvi o meu destino fiz uma associação automática ao sítio que eu mais queria ir, Dubai. Sentei me e só depois de aplausos e abraços é que me apercebi que Dubai é nos Emiratos Árabes Unidos e não na Arábia Saudita, nesse momento congelei os meus pensamentos eram duvidas soltas... “Para onde raios é que eu vou??? Qual é que é mesmo a capital da Arábia Saudita?? Riade?? Não?? Onde é que fica mesmo?? Faixa de Gaza? Iraque?? Kuwait?? Islão?? Bombas? Camelos? Civilização? Burkas?” MEU DEUS….

Foi assustador, nunca me tinha se quer passado pela cabeça fazer turismo no Médio Oriente muito menos ir viver para lá, mas é exactamente o que eu queria uma cultura, civilização completamente diferente.

Estou pronto para a aventura.

E é assim que nasce este Blog, sempre adorei escrever mas sempre me assustou um pouco que lessem o que escrevo, e que melhor forma de começar se não escrevendo os relatos de uma aventura rara com a qual fui privilegiado. Escrevo para amigos e para todos os que estejam interessados em conhecer comigo pouco a pouco este país, esta cultura esta religião.

Shoo Kran,

João Sanches

terça-feira, fevereiro 14, 2006