segunda-feira, novembro 20, 2006

Coca-Cola Anti Muçulmana??

Alguns radicais islâmicos fizeram correr a ideia há já alguns anos, de que o rotulo da garrafa de Coca-Cola lido em frente ao espelho e interpretando com caracteres árabes pode se ler: “No to Mohammed," "No to Mecca.”


Agora ponho-me a imaginar há 120 anos atrás um farmacêutico da Geórgia nos Estados Unidos ao inventar um remédio para as dores com base em folha de coca e noz de cola para vender localmente na sua farmácia se lembrou: “E porque não escrever uma mensagem subliminar anti-muçulmana no nome deste meu novo remédio?”

Enfim…


In: BBC news e www.snopes.com

Garagens Sauditas




terça-feira, novembro 14, 2006

De mãos dadas

Se há coisa que adoro observar quando estou em outros países são as diferenças culturais nos pequenos gestos e atitudes do dia a dia. A forma como os Colombianos indicam a altura de uma pessoa com a mão de lado, em vez de ser na horizontal como nós; a forma como os árabes dizem “espera” juntando os dedos da mão e apontando para cima em vez de mostrar a palma da mão como nós; a forma diferente como as pessoas dos vários países imitam os ruídos dos animais como o cão, o pássaro, etc etc.
Mas entre as várias características dos hábitos da cultura saudita, há uma que me faz realmente confusão: os actos e expressões de carinho e amizade entre os homens e a ausência deles com as mulheres. É raro, ou mesmo proibido demonstrar actos de carinho entre uma homem e uma mulher, como passear de mão dada, um beijo, ou mesmo um carinho. Por outro lado todos os homens, velhos e novos, passeiam de mão dada cumprimentam-se com beijos regularmente e quando não se vêem há muito tempo e são muito amigos… bem, ai é um festival de beijos, narigadas, carinhos e mimos que assusta qualquer ocidental desprevenido!! Se forem trabalhar ou viver para um país árabe já sabem, preparem se para levar umas belas beijocas dos barbudos e que algum deles vos tente dar a mão. Culturas…

quarta-feira, novembro 08, 2006

King Abdullah Economic City

Numa das reuniões de Conselheiros Comerciais da União Europeia que tive o prazer de participar em Riyadh, foi-nos apresentado um dos novos mega projectos para o reino nos próximos anos: A construção de raiz de 5 novas cidades, todas elas comparadas com o Dubai (que foi basicamente construído com capitais Sauditas). Destas a principal e numa fase mais avançada de projecto é a “King Abdullah Economic City”.
Foi um projecto apresentado recentemente a nível oficial e que prevê custos que ascendem os 53 biliões de dólares e estimam que esteja finalizada num prazo máximo de 15 anos. Localizada a cerca de 50 Km a norte de Jeddah no mar vermelho esta cidade prevê chegar aos 2 milhões de habitantes e criar 500 mil novos postos de trabalho numa área de 55 milhões de metros quadrados.
A cidade estará estrategicamente dividida e organizada por áreas de negócios, industrial, residencial, educacional, porto, e zona de lazer e resorts.
Alguns números:
- 2 Milhões de habitantes
- 500.000 Postos de trabalho
- 50.000 Lojas
- 120 Hoteis
- 250.000 Quartos de hotel
- 13,8 Milhões de metros quadrados de porto marítimo
- 4,9 Milhões de metros quadrados de novos canais e rios inspirados em Amesterdão
- 5 Marinas de recreio com capacidade para 3.000 barcos
- 550 Mesquitas
- Campus Universitário com capacidade para 18.000 alunos

E não esquecer que este é apenas o projecto de uma das 5 cidades que vão ser criadas... olho neles!!!





sexta-feira, novembro 03, 2006

Censura V

Recentemente descobri que na primeira fase de abertura da Arábia Saudita à música e cultura do ocidente, existia um esforço e interesse por parte das empresas ocidentais em cumprir as suas regras para conseguir entrar e triunfar nesse mercado. Foram muito poucas as empresas que alteraram especialmente para o reino os seus produtos que eram vendidos iguais por todo o mundo. Ainda assim encontrei esta preciosidade: Alguns Cd’s da Mariah Carey onde a censura era feita pela própria discográfica nos seus produtos para poderem entrar no mercado.

Bons tempos, hoje em dia, diz se que há nas cidades portuárias armazéns gigantes onde milhares de emigrantes dedicam os seus dias a passar marcadores pretos nas “meninas descascadas” de todos os produtos ocidentais. É inimaginável a quantidade de pessoas que tem que fazer isto diariamente em todos os jornais e revistas, capas de cd’s, dvd’s, caixas de cereais, champôs e todo o tipo de produtos que tragam “pornografia” nas suas embalagens.








Chocante

Ao longo destes 6 meses fartei me de ler notícias e artigos extraordinários sobre os temas mais sórdidos e inacreditáveis que alguma vez li. Mas sem duvida ouve uma notícia que me marcou muito, provavelmente a mais chocante de todas as incríveis histórias da sociedade Saudita: em 2002 uma escola começou a arder e as raparigas foram proibidas de sair da escola pela polícia religiosa por não estar com a “abaya” e o véu vestido. Os bombeiros foram proibidos de entrar também, resultado, 15 meninas mortas e muitas feridas.

Este é um daqueles post’s que tinha aqui guardado para escrever há já muito tempo, mas sabendo que tinha o blog controlado pelo departamento de censura, falar sobre ele poderia trazer-me problemas. Aqui vai a notícia completa.



Polícia saudita impede resgate de meninas em incêndio

Quinze meninas morreram em um incêndio numa escola em Meca, na Arábia Saudita, porque a polícia religiosa do país as teria impedido de deixar o prédio em chamas. Os policiais teriam alegado que elas não estavam vestidas de acordo com a lei islâmica e, portanto, não podiam sair à rua. Outras 50 meninas ficaram feridas no incêndio enquanto mais de 700 de seus colegas foram salvos pelos bombeiros. Segundo testemunhas entrevistadas por jornais sauditas, os policiais da chamada Comissão para a Promoção da Virtude e a Prevenção do Vício bateram nas crianças e fecharam os portões para que elas não deixassem o prédio sem o véu utilizado pelas muçulmanas para cobrir a cabeça.

-Interpretação rígida

A Arábia Saudita adota uma das interpretações mais rígidas do islamismo e a comissão é responsável por monitorar o cumprimento do código de vestimenta, e de regras como a da separação por sexo e a do horário das orações.
Quando o incêndio começou, os portões da escola estavam trancados para garantir que não houvesse convívio entre meninos e meninas.
Os sauditas que são pegos descumprindo alguma dessas regras são punidos com agressões físicas ou, dependendo do caso, presos.
Segundo o jornal
The Saudi Gazette, testemunhas disseram ter visto policiais impedindo que homens ajudassem as meninas alegando que era "um pecado se aproximar delas".

"Vidas poderiam ter sido salvas se não fosse pela comissão", disse o jornal em uma rara crítica à temida polícia religiosa do país.

In BBC Brasil.com