sábado, maio 27, 2006
Moto 4
Esta sexta feira tinha combinado ir com uns amigos passear para o deserto com Motos 4 alugadas, estava tudo preparado para partirmos ás 6 da manha, pois tem que ser bem cedo por causa do calor. Mas alguns pequenos percalços como este faz nos lembrar que vivemos na Arábia Saudita, berço da maioria dos terroristas extremistas. Na noite anterior recebemos um comunicado da Embaixada de Inglaterra que aconselhava os ocidentais a não irem para o deserto pois suspeitava-se que membros de organizações terroristas planeavam fazer raptos de ocidentais durante estes passeios pelo deserto… Isto dá que pensar, mas ainda assim não desisti da ideia de num próximo fim de semana, quando os Srs. Terroristas estiverem mais ocupados, ir para esta aventura que dizem ser espectacular.
quarta-feira, maio 24, 2006
Viva la internet
Finalmente tenho Internet. Vieram-me instalar ontem a alta tecnologia Saudita bastante evoluída para um país que diz estar no ano de 1427. Para instalar um cd e ligar a um modem com uma antena foi preciso um Paquistanês um Filipino (não, não era uma bolacha… era mesmo um homem), 150 SAR (33€) e uma hora e meia do meu precioso tempo.
A dita Internet chamasse ADSL por satélite promete boas velocidades e promete também não haver censura. É im.possível tentar perce.ber quais são os critérios de cen.sura destes gajos, consegue-se aceder aos blogs mas não ás fotos (sim eu faço post das fotos e depois não as vejo), consigo aceder ao sapo.pt mas não consigo fazer pesquisas, procurar por Arábia Saudita no google é conh.ecer uma Arábia ima.culada e perf.eita como no mundo das crianças. Mas agora tudo isto acabou, Internet com velocidade e sem censura…isso pensava eu… É verdade não está censurada, mas o que se esqueceram de me dizer na altura do contrato é que as velocidades que prometiam são para compartilhar com todos os moradores do compound, ou seja, à hora de jantar por exemplo tenho que esperar 5 minutos para abrir uma pagina, e fazer o download dos mails dá tempo de fazer o jantar. É preciso esperar que a vizinhança se vá toda deitar e aí sim... Enfim, é o melhor que se arranja, a partir de agora já estou contactável com o mundo (sim porque agora tenho amigos em todo o mundo).
segunda-feira, maio 22, 2006
Então é assim
S.ei q o site está sob vigila.ncia por isso tenho que ter muito cui.dado com o que escr.evo, tudo o q escr.evo é sempre cuida.samente pensado, sei que utilizam sis.temas de tra-dução para traduziir o tuga, e não quero ter pró.blemas por estar aqui a rel.atar as minhs estorias. Por isso vou com.eçara a uusar mais calão, sinais ou mesmo er.ros nas palabras chave. Sorry mas tem mm que ser assim.
Gos.tava de vos contar tantas outras coisas inaacreditaveis que acoontecem aqui, mas tenho sempre re.ceio de estar a ser ofensiivo e que mal intrepretemm o que escrevo.
Gos.tava de vos contar tantas outras coisas inaacreditaveis que acoontecem aqui, mas tenho sempre re.ceio de estar a ser ofensiivo e que mal intrepretemm o que escrevo.
domingo, maio 21, 2006
sábado, maio 20, 2006
Expresso
Pelos vistos vai aparecer um a citação minha sobre a censura na Arábia Saudita num pé-de-pagina do Expresso se alguém a encontrar enviem-me a para eu a por aqui, acho que vai ser qualquer coisa como:
“Arábia Saudita com censura..."Procurar informações ou ter acesso às mesmas na web... nem sempre é fácil; pelo menos em alguns países do mundo..."
“Arábia Saudita com censura..."Procurar informações ou ter acesso às mesmas na web... nem sempre é fácil; pelo menos em alguns países do mundo..."
terça-feira, maio 16, 2006
Primeiro contacto com um "Muttawa"
Domingo (ou seja um dia de semana normal) depois do trabalho combinei ir ao centro comercial da Al-Faisalia com a Maria e 2 Colombianos passear e fazer compras, o que em qualquer país do mundo seria uma coisa perfeitamente normal mas aqui é uma autêntica aventura. A partida já estamos a cometer algum tipo de ilegalidade aos olhos dos sauditas, pois estamos a sair juntos e no mesmo carro 3 homens solteiros com uma mulher casada e sem o marido dela. Quando chegamos ao centro da cidade por volta das 18h apercebemo-nos que estamos em plena hora de oração, ou seja, tudo fechado durante 45 minutos, optamos por esperar dentro do carro no fresco do ar condicionado.
Depois de algumas voltas no paraíso das compras que é a Olaya (uma das avenidas principais) fomos então para o centro comercial e quando chegamos “voi-la”, estamos outra vez na hora da oração, mais 45 minutos de espera, mas estes foram uma aventura. No centro durante a oração todas as lojas e restaurantes fecham, os homens dirigem se para umas mini mesquitas que há ao lado das casas de banho e as mulheres como não podem rezar em publico sentam-se nos bancos e esperam. A determinada altura o cenário é o seguinte: um centro comercial fechado, com uns cânticos árabes como banda sonora, centenas de triângulos pretos sentados nos bancos e nós… A Maria com a sua abaya e nós vestidos de forma bem colorida a passear pelo centro a olhar para as montras das lojas, sempre que passamos ao lado de um grupo de triângulos negros viram-nos as caras ou cobrem se ainda mais, mas nós divertidos com a situação. Mas a determinado momento começamos a ouvir uns gritos muito agressivos, “Salamm, salamm”(rezar), era um “muttawa” os policias religiosos que normalmente vêm acompanhados por um policia e outros religiosos. Os “muttawas“ distinguem-se pelas suas longas barbas, um véu preto e dourado por cima da toga um pouco mais curta que o normal. Automaticamente a Maria afasta se de nós e actua como se não nos conhecesse, o muttawa grita com toda a gente e obriga as lojas mais atrasadas a fechar as suas portas. Fingimos que não conhecemos a Maria e continuamos a olhar para as montras mas sempre discretamente de olho no “muttawa” com esperanças que não sobre para nós. De repente sai do elevador um grupo de jovens sauditas da nossa idade que não deviam estar com muita vontade de rezar e foram surpreendido pelo polícia que acompanha o “muttawa” e leva-os até ele. Não percebi o que se estava a passar, mas boa coisa não era., quando os voltei a ver já estavam a sair escoltados pelo polícia e os religiosos.
Confesso que foi um momento com muita tensão pois ouvem-se regularmente histórias sobre o poder dos muttawas e apesar de não costumarem embirrar muito com os ocidentais caso não estejamos a cometer nenhuma “ilegalidade”.
Depois de esta aventura fomos brindados com uma belíssima refeição na zona das famílias (um privilégio pois estávamos com a Maria), nesta zona misturam se homens e mulheres, mas ainda assim cada mesa tem uns biombos, e as poucas sauditas que lá estavam fecham-se dentro de eles para poderem descobrir as suas caras e comer à vontade.
segunda-feira, maio 15, 2006
Don't worrie, Portugal está em boas mãos...
Hoje vou SOZINHO representar portugal na 3rd Anual Meeting of the European Union Commercial Counsellors... Lets see...
domingo, maio 14, 2006
Life @ Compound
Já tenho casa! A minha residência durante os próximos 6 meses vai ser no Ranco Village www.ranvil.com.
Visto de fora parece uma prisão de alta segurança, altos muros com arames farpados, pequenos tanques em cada uma das esquinas. A primeira vez que se entra a visão é algo assustadora. Explico, na primeira entrada estão sempre uns 7 ou 8 militares fardados (as vezes mais), do lado esquerdo um pequeno bunker com sacos de areia esconde uma metralhadora com dois soldados, ao lado deste bunker uma casota com uma cancela onde todos os carros são inspeccionados à entrada, espelhos para verem por debaixo do carro, a mala e o capou são devidamente inspeccionados. Se alguém tentar entrar pela zona da “saída” terá como surpresa umas lagartas que rebentam todos os pneus do carro. Depois de passar por tudo isto é nos aberta a cancela e ai temos que percorrer um percurso de “zig-zag’s” entre paredes de betão ao longo de uns 200 metros e quando se chega ao final há que voltar para trás. Depois de fazer este percurso encontramos mais uma casota com uns portões grandes fechados, ao lado um tanque com mais alguns militares em cima a torrar ao sol. Nesta casota temos que nos identificar e quem não for morador do compound, tem que ser convidado por um ou entrar com um morador, além disso tem que deixar a sua identificação a porta em troca de um cartão de visitante. Depois de tudo isto entramos no paraíso dos ocidentais. Aqui não há as estritas regras sauditas, as mulheres tiram as suas “abayas” e vestem biquinis, os homens podem estar de calções de banho. Aqui a vida é normal. As ruas parecem um típico bairro dos arredores de uma cidade americana, casinhas térreas ruas calmas onde as crianças podem brincar e todas as condições necessárias para ter alguma qualidade de vida. Piscinas, sauna, ginásios, escolas, campos de ténis, squash, parque infantil, restaurante, minimercado, skate park, fazem passar o tempo neste pequeno mundinho ocidental dentro da Arábia Saudita.
Até agora estou adorar a minha nova residência, tive imensa sorte com as pessoas que cá vivem, a começar pelos portugueses. Quando cheguei (quinta-feira, primeiro dia do fim de semana saudita) tive logo direito a churrascada na piscina depois de uma tarde solarenga e com uma mistura fantástica de pessoas de todas as idades e de todas as nacionalidades (Portugueses, Colombianos, Brasileiros, Ingleses, Franceses, Gregos, Espanhóis, Americanos), o serão prolongou-se noite dentro com um ventinho agradável que refresca o calor da noite. Nestas jantaradas juntam se pessoas de outros compounds, e regularmente convida-se ou somos convidados para nos juntar-mos em outros compounds vizinhos.
O dia a dia é fantástico, toda a gente se conhece e os tempos livres são passados de volta da piscina ou nas diversas actividades do compound é realmente perecido com a vida de ferias numa urbanização algures no Algarve. Neste ambiente abstraiamo-nos do que se passa lá fora e esquecemo-nos das rígidas regras da sociedade Saudita.
Agora estou na fase de instalação no meu apartamento, tem um quarto, uma sala e cozinha, mas ainda precisa de alguma decoração e muitas compras, prometo mais um a vez umas fotos para breve.
quarta-feira, maio 10, 2006
First news from KSA
Pois é já cá estou. E estou a adorar, cada dia é uma aventura.
Estou instalado estes primeiros dias no Hotel Riyadh Palace, e fui muito bem recebido por parte da Embaixada. Isto é realmente diferente de tudo o que tinha visto até hoje, a cidade não é propriamente bonita, parece me uma típica cidade do Médio Oriente mas com alguns arranha-céus. Nas ruas os grandes carros americanos e europeus, limusinas, Hummers, Porches, Mercedes, Volvo contrastam com carrinhas de caixa aberta com uma série de pessoas na parte de trás e alguns dos carros e camionetas mais velhos que já vi até hoje. Os homens quase todos vestidos com as suas togas brancas e o lenço vermelho na cabeça e as mulheres são uns triângulos pretos que vagueiam pelas ruas e comem em zonas diferentes das dos homens nos restaurantes. Ainda não me habituei a ideia e não sei se me vou habituar. Todas as mulheres sem excepção têm que andar com um roupão preto a “Abaya” vestida por cima das suas roupas, incluindo as ocidentais. Algumas mulheres na sua maioria ocidentais não usam o lenço que lhes cobre a cabeça e o rosto e mas podem sempre correr o risco de ser abordadas pelos “Muttawas”, os polícias religiosos Sauditas.
O que mais choca no primeiro contacto com a cidade são as estritas medidas de segurança, na maioria das estradas e avenidas há os chamados “check points”, ou seja, militares armados no meio das estradas que revistam todos os carros e pedem a identificação aos passageiros. Ao entrar no “Diplomatique Quartier”, que é a zona da cidade onde estão situadas as embaixadas existem filas enormes porque todos os carros têm que ser revistados um a um. Até agora tenho andado sempre no carro da embaixada com o chouffer, e para estes carros diplomáticos existem corredores próprios e são um pouco mais tolerantes. Ainda assim ao entrar em qualquer garagem, seja ela a do edifício da embaixada, ou mesmo a garagem de um centro comercial existem uma série de seguranças que revistam o carro desde o motor, à mala e até usam espelhos para ver a parte debaixo do carro. Em todos estes “check points” há sempre um tanque ou um shaimite, ou mesmo um mini bunker feito com sacos de areia que cobre uma metralhadora e alguns militares. Ao princípio todo isto é um pouco assustador, mas é só uma questão de hábito, tudo isto é apenas para nossa segurança.
Em relação às temperaturas, é verdade é horrivelmente quente durante a noite, sempre na casa dos trintas e durante o dia na casa dos quarentas e ainda estamos na primavera, mas como não há humidade é bem mais fácil de lidar do que o calor a que estamos habituados. Desde que cheguei a cidade tem estado sempre coberta por um manto de areia e nuvens que não permitem ver o sol, e dá um tom alaranjado à cidade. Esta areia no ar e o facto de a cidade ser construída no meio do deserto faz com que tudo pareça sujo desde os edifícios às ruas, carros etc.
É realmente difícil habituarmo-nos aos fins de semana à 5ª e 6ª feira, mas por outro lado o meu horário de trabalho é das 8 da manhã até ás 14h portanto tenho as tarde todas livres, só ainda não descobri o que fazer com elas, pois não há propriamente muita vida social.
Ainda não vou puder deixar aqui fotos por diversos motivos, em primeiro lugar porque não trouxe o cabo da máquina fotográfica, segundo porque eles aqui não gostam muito que lhes tirem fotografias e posso mesmo ter problemas se tirar fotografias a edifícios públicos. Mas fica desde já prometida uma reportagem fotográfica.
Mais uma curiosidade, aqui estamos no ano de 1427... Ninguém diria.
sábado, maio 06, 2006
Adeus
terça-feira, maio 02, 2006
Faltam 6 Dias...
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