sexta-feira, dezembro 15, 2006
Só no KSA!
Cerca de 80 ratos passearam pela cabine de um avião das linhas aéreas sauditas provocando o pânico nos passageiros.
Mais de 100 passageiros entraram em pânico num voo das linhas aéreas sauditas, quando dezenas de ratos invadiram a cabine.
A notícia, avançada pela BBC, indica que os pequenos roedores, cerca de 80, escaparam da bagagem de mão de um dos passageiros que viajava neste voo doméstico.
Um oficial do aeronáutico citado por um jornal local, adiantou que o aparelho voava a cerca de 8.500 metros quando os ratinhos começaram a passear-se pela cabine. Nesta altura, já o sinal de manter os cintos apertados estava desligado.
O pânico começou quando alguns dos ratos caíram em cima das cabeças dos passageiros, de acordo com o jornal Al-Hayat, citado pela BBC.
O avião fazia o percurso entre a capital, Riade e Tabuk.
O Avião aterrou em segurança e o dono do saco, e dos ratos, foi detido pela polícia para interrogatório. O mais curioso é saber como o passageiro conseguiu embarcar com um saco cheio de ratos vivos.
Até ao momento não existe explicação para o facto do homem transportar os ratos.
In Info Sapo
segunda-feira, dezembro 04, 2006
segunda-feira, novembro 20, 2006
Coca-Cola Anti Muçulmana??
Alguns radicais islâmicos fizeram correr a ideia há já alguns anos, de que o rotulo da garrafa de Coca-Cola lido em frente ao espelho e interpretando com caracteres árabes pode se ler: “No to Mohammed," "No to Mecca.”
Agora ponho-me a imaginar há 120 anos atrás um farmacêutico da Geórgia nos Estados Unidos ao inventar um remédio para as dores com base em folha de coca e noz de cola para vender localmente na sua farmácia se lembrou: “E porque não escrever uma mensagem subliminar anti-muçulmana no nome deste meu novo remédio?”
Enfim…
In: BBC news e www.snopes.com
terça-feira, novembro 14, 2006
De mãos dadas
quarta-feira, novembro 08, 2006
King Abdullah Economic City
Foi um projecto apresentado recentemente a nível oficial e que prevê custos que ascendem os 53 biliões de dólares e estimam que esteja finalizada num prazo máximo de 15 anos. Localizada a cerca de 50 Km a norte de Jeddah no mar vermelho esta cidade prevê chegar aos 2 milhões de habitantes e criar 500 mil novos postos de trabalho numa área de 55 milhões de metros quadrados.
A cidade estará estrategicamente dividida e organizada por áreas de negócios, industrial, residencial, educacional, porto, e zona de lazer e resorts.
Alguns números:
- 2 Milhões de habitantes
- 500.000 Postos de trabalho
- 50.000 Lojas
- 120 Hoteis
- 250.000 Quartos de hotel
- 13,8 Milhões de metros quadrados de porto marítimo
- 4,9 Milhões de metros quadrados de novos canais e rios inspirados em Amesterdão
- 5 Marinas de recreio com capacidade para 3.000 barcos
- 550 Mesquitas
- Campus Universitário com capacidade para 18.000 alunos
E não esquecer que este é apenas o projecto de uma das 5 cidades que vão ser criadas... olho neles!!!
sexta-feira, novembro 03, 2006
Censura V
Recentemente descobri que na primeira fase de abertura da Arábia Saudita à música e cultura do ocidente, existia um esforço e interesse por parte das empresas ocidentais em cumprir as suas regras para conseguir entrar e triunfar nesse mercado. Foram muito poucas as empresas que alteraram especialmente para o reino os seus produtos que eram vendidos iguais por todo o mundo. Ainda assim encontrei esta preciosidade: Alguns Cd’s da Mariah Carey onde a censura era feita pela própria discográfica nos seus produtos para poderem entrar no mercado.
Chocante
Este é um daqueles post’s que tinha aqui guardado para escrever há já muito tempo, mas sabendo que tinha o blog controlado pelo departamento de censura, falar sobre ele poderia trazer-me problemas. Aqui vai a notícia completa.
Polícia saudita impede resgate de meninas em incêndio Quinze meninas morreram em um incêndio numa escola em Meca, na Arábia Saudita, porque a polícia religiosa do país as teria impedido de deixar o prédio em chamas. Os policiais teriam alegado que elas não estavam vestidas de acordo com a lei islâmica e, portanto, não podiam sair à rua. Outras 50 meninas ficaram feridas no incêndio enquanto mais de 700 de seus colegas foram salvos pelos bombeiros. Segundo testemunhas entrevistadas por jornais sauditas, os policiais da chamada Comissão para a Promoção da Virtude e a Prevenção do Vício bateram nas crianças e fecharam os portões para que elas não deixassem o prédio sem o véu utilizado pelas muçulmanas para cobrir a cabeça.
-Interpretação rígida
A Arábia Saudita adota uma das interpretações mais rígidas do islamismo e a comissão é responsável por monitorar o cumprimento do código de vestimenta, e de regras como a da separação por sexo e a do horário das orações.
Quando o incêndio começou, os portões da escola estavam trancados para garantir que não houvesse convívio entre meninos e meninas.
Os sauditas que são pegos descumprindo alguma dessas regras são punidos com agressões físicas ou, dependendo do caso, presos.
Segundo o jornal The Saudi Gazette, testemunhas disseram ter visto policiais impedindo que homens ajudassem as meninas alegando que era "um pecado se aproximar delas".
"Vidas poderiam ter sido salvas se não fosse pela comissão", disse o jornal em uma rara crítica à temida polícia religiosa do país.
In BBC Brasil.com
segunda-feira, outubro 30, 2006
sexta-feira, outubro 27, 2006
quinta-feira, outubro 26, 2006
Sinais de (não) mudança – Correcção
A 15 de Setembro contei o episódio de dois amigos que tinham sido presos por tirar uma fotografia a uma base militar. Na altura ainda não tinha estado com eles e apenas tinha ouvido a história por outros, por isso fica a correcção: A fotografia do “crime” não foi tirada a nem a nenhum edifício militar nem mesmo a um edifício público, mas sim ao chão. Sim ao chão! Quando iam para o trabalho encontraram uma situação de “Arábia Saudita no seu melhor”, um buraco no chão no meio da estrada e algum génio lembrou-se de meter o pino de sinalização, imaginem, dentro do buraco!!
Back to Portugal
terça-feira, outubro 10, 2006
Peeping
quarta-feira, outubro 04, 2006
O brinquedo dos meninos
Obvio… nem sei porque é que ainda pergunto…
Por cima das bancadas um edifício todo em vidros esconde o restaurante panorâmico e os aposentos do rei e dos príncipes. Cada um deles tem uma equipa completa: jockey treinadores, veterinários manager de equipa, etc etc. Como se isto não chegasse à volta do hipódromo principal há varias quintas de criação e treino dos cavalos, cada príncipe tem a sua. Cada uma destas quintas tem um palácio, jardins, estábulos e claro… o sue próprio hipódromo particular para treinarem.
Ao passear no google earth por esta zona encontrei pelo menos umas 6 quintas destas e mais tarde em conversa com um Austríaco que trabalha numa empresa que participa na construção dos palácios, diz me que esteve num desses e que tem 145 quartos e uma piscina / lago do tamanho de um campo de futebol. Ou seja o hipódromo é apenas um pormenor.
segunda-feira, outubro 02, 2006
Ramadan Kareem
Este ano o Ramadão começou a 24 de Setembro, este dia pode variar em alguns países muçulmanos, mas a grande maioria segue a data fixada pela Arábia Saudita. A data de início nunca é certa, isto porque nós seguimos o calendário solar e o Islão segue o calendário lunar em que cada ano é cerca de 15 dias mais curto que o ano solar (e estamos no ano de 1427).
Agora feita a apresentação formal do Ramadão vamos para a descrição do dia a dia aqui no reino:
É O CAOS…
Tolerante como é a Arábia Saudita não se podia esperar outra coisa: o jejum é estendido a todos! Muçulmanos ou não o jejum é obrigatório, imposto por lei e quem não cumprir…cadeia. Felizmente trabalho na embaixada e não é grave por estar em território português, mas em todas as outras empresas os não muçulmanos tem que ir comer qualquer coisa as escondidas para a casa de banho ou em salinhas a parte fechados à chave. Aqui tento ter respeito pelos meus colegas e não me pôr a comer à frente das caras pálidas e sem forças deles. Durante o dia tudo está fechado, apenas as empresas e os serviços básicos estão abertos. Comercio, restaurantes, etc mudam o seu horário para depois do pôr-do-sol e matem-se abertos toda a noite. O horário de trabalho para a maioria é reduzido, basicamente e resumindo não fazem “nada” durante o dia.
Após o “Maghrib”, reza do final do dia, o caos instala-se toda a gente sai para a rua desejando o seu merecido “Iftar” ("pequeno almoço" de quebra do jejum). Os restaurantes enchem-se de famílias, grupos de amigos com mesas fartas de comida. Os restaurantes estão preparados e tem menus próprios, para um saudita é muito importante uma mesa coberta de comida, mesmo que sobre mais de metade.
Depois disto, é como se fosse um “dia” normal, ao longo da noite ate bem tarde vem-se os hipermercados cheios, pessoas a comprar roupa as 3 da manha ou mesmo num stand a escolher o carro novo!
O trânsito durante a noite é qualquer coisa de inexplicável, é o caos, tudo engarrafado, carros a ultrapassar a alta velocidade pela terra batida fora do asfalto, carros em sentido contrário, faixas de rodagem inventadas.
Para uma grande parte de sauditas o Ramadão não passa de um mês com horários diferentes, pois dormem o dia todo e vivem durante a noite.
Alem de tudo ainda são batoteiros…..
domingo, outubro 01, 2006
Jeddah
Nas ruas as mulheres andam com as caras descobertas sem véu (apesar de continuar a ser obrigatório o uso da abaya), vêem-se mulheres a fumar (em Riyadh não é permitido) e há restaurantes super cosmopolitas.
Não tive muita oportunidade de ver a cidade porque ficamos hospedados num resort privado para Sauditas. Eles chamam-lhe de Resort, mas para mim parecia me mais um compound para sauditas com praia. Tinha uma área gigantesca e imensas ilhas construídas que faziam lembrar a “palm” do Dubai.
Lá dentro,por ser propriedade privada, vêm se mulheres sauditas sem abaya e a conduzir carros. Foi estranha a sensação pois estava dentro de uma Arábia Saudita totalmente liberal!! Obviamente que este “totalmente liberal” vem da boca de alguém que veio de Riyadh porque apesar de tudo, as praias são privadas, ou seja cada casinha tem à sua frente um bocado de areia, as poucas mulheres que vi na praia estavam com fatos de banho que mais pareciam fatos térmicos ou ate mesmo de abaya vestida, como foi o caso das que vi a passear de moto de agua.
Numa das noites que estivemos lá celebrava-se o único feriado do país, o Kingdom Day e aqui dentro por primeira vez podemos ver uma “mini celebração”. À noite de volta da marina centenas de carros topo de gama e de alta cilindrada passeiam pelo Resort com jovens em plena euforia. Dentro da marina as esplanadas estavam cheias de jovens a fumar chicha e a beber o seu chá, homens e mulheres misturados algumas delas sem abayas e sem nada a cobrir a cabeça, apesar de terem sempre o corpo todo coberto numa noite de 40º húmidos graus. A proporção homens mulheres deveria rondar os 30 para cada uma. Eram raros os que estavam na marina vestidos com o “tobe”, todos eles vestiam marcas internacionais como Versace, Hugo Boss, DKNY, etc.
Por momentos pensei que estava noutro país com tanta animação e tantas liberdades, mas pelo que percebi isto é do mais liberal que se pode encontrar nas terras dos Al-Saud.
E não, não encontrei o Bin Ladin, mas é curioso ver tapumes das obras da Bin Ladin Corp. a construir edifícios e quem sabe um dia a construir arranha-céus….